Nessa encruzilhada eu fiquei trocando passos, esperando pela resposta,
nas linhas que o tempo marcava na minha face, na expressão dos meus olhos e no
tom da minha voz que cada vez ficava mais baixo e suave, porque percebi que
gritar não é a melhor saída, mas sussurrar faz as pessoas pararem para te
ouvir. Eu quero chamar a sua atenção,
com o som suave e rouco da minha voz. Eu quero te fazer me notar, com o leve
sorriso que discretamente ilumina minha face e com o meu caminhar que pelas
ruas vai desfilando na passarela passo a passo num compasso bem marcado com
encanto, mas sem o luxo que esconderia o meu verdadeiro EU.
Eu não sou um anjo, faltam-me as asas, não sou uma princesa, falta-me a
coroa, não sou uma fada, falta-me a varinha de condão, não sou perfeita, pois
falta-me tanto a aprender... bom não sou nada disso, mas digo que sou um ser
que ainda busca a resposta para tantas coisas e que por ser imperfeita deixo o
tempo mostrar calado, mais que a língua que o tem falado porque de nada vale a
expressão escrita sem aprender ouvir com os olhos o que a própria forma
representada nos gestos do corpo insiste em desnudar. Então como viver a
SANIDADE sem antes passar pelo campo da INSANIDADE?
Nenhum comentário:
Postar um comentário