quarta-feira, 2 de maio de 2012

VISTO-ME DE VIDA...!!!




Sem usar a imagem, faço reverência a VIDA, visto-me com toda sua essência para dela falar e cheia de todos os sentimentos, a encontro sempre aqui. Vejo-a desdobrar-se diariamente, para suportar todo peso que a fizemos carregar, sem questionamentos e reclamações. Sempre ali, perfeita e pronta para mais um dia, um momento, um encontro ou uma desilusão. Sem reclamar, levanta-se com o sol, sorri e despeja alegria em tudo que toca, sem notar que seus olhos podem estar chorando.
Sempre altiva diante do desconhecido, sempre forte, diante do perigo, sempre resistente diante da dor e sempre consciente diante da verdade.
Lutar sempre, desistir nunca é assim que a VIDA passa meus dias, me leva por caminhos nunca antes trilhados, mostra-me cenas incríveis, faz-me experimentar o AMOR.e a dor. Sentimentos esses, que não se explicam, mas sabe das emoções e dores, quem já viveu. 

ONDE ESTÃO OS AMIGOS???




Será que devo culpar o tempo por distanciar as pessoas, por deixar os sentimentos irem dissipando-se como se fossem rochas que se desfazem com a força da água até virarem areia?
Será que as pessoas com o crescimento físico e mental, juntando com experiências vividas e decepções, tornam-se mais frias, desacreditando nos sentimentos e com isso, fecham-se para as amizades e até mesmo para o “amor”?
Será que são os problemas da vida o responsável por tudo isso?  Porque os problemas da vida, muitas vezes, vêm em sequencia e agem de forma tão violenta em nosso cérebro, que como um efeito dominó, vão destruindo tudo. Tiram-nos a paz, o sono,  a paciência e por vezes a fome, nos afastando da convivência com os amigos. Os problemas da vida são tristes e na maioria das vezes, acabam afetando quem está ao nosso lado, quem não tem culpa de nada, ou nos privam da liberdade, dos sonhos, da harmonia com a nossa própria natureza, deixando marcas que vão doer por muito tempo, em nós.
Mesmo assim, continuamos vivendo, seguindo em frente, muitas vezes com um olhar no passado, agarrando-se num único fio que restou de tudo que um dia foi nosso, ou pensávamos que era nosso.  Tínhamos amigos, uns eram nossos companheiros de diversão, alguns confidentes, outros conselheiros e aquele que estava ali sempre que dele precisávamos, para tudo, em qualquer momento ou situação. Esse amigo jurava que seria amizade eterna,  juramos juntos, essa amizade. Agora, aqui sozinha, sentindo todo peso da solidão, das perdas, das decepções, estendo a mão e não mais encontro a dele. Então mais uma vez eu pergunto: Onde estão os amigos, as pessoas, todos???
Não sei responder, deparo-me com muitas pinturas desbotadas e sem vida, deixando a sombra tomar o lugar dos sentimentos e das memórias, de tudo que um dia existiu.