quarta-feira, 12 de setembro de 2012

SILÊNCIO .... JÁ É TARDE.






Segue meus passos, que eu disfarço, finjo que não vejo, não te beijo. Vem devagar, pisa de mancinho, sem fazer barulho, não chama atenção, sozinho. Assim, não olho para trás, não percebo sua caminhada e resistirei à tentação, de correr para seus braços e no teu abraço, apagar todas as pegadas, do que faço.  Eu andei descalço, tentando não deixar marcas por onde passei para não me encontrar, para não saber o caminho de volta, essa volta que não tem hora, que demora e de tanto tempo que passou, sem permissão não chegou.  Não foi na hora marcada, ela se antecipou na vida e quando encontrou, estava atrasada.  Bem desse jeito, do meu jeito, fiz tudo sem alarde. No silêncio eu cantei, chorei e depois me calei, porque já era tarde.  Muitos versos eu escrevi, sem rima, sem métrica, sem nada, porque nada fazia sentido, naquele papel amassado, que deixei ali jogado, não esqueci, mas onde deixei, eu não vi.  Não procurei, para não encontrar as marcas dos meus sonhos, nos passos que disfarço, por onde não andei, mas que em versos eu componho tudo que eu faço e não planejei. Segue, que de passo em passo, vai deixando na memória a saudade que persegue, das lembranças que carregue aquelas que contam história, de um tempo que já passou, mas que trazem na memória as verdades, que a vitória conquistou.

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